ALGUMAS GOTAS DA INDIFERENÇA.


                           

Morrem velhos neste país velho de velhos na indiferença de nem se dar por isso.
Do amor de que fomos feitos resta nada, ausências, infortúnios, alheamentos, abandonos, (in)diferenças“.
Somos, na insignificância do que somos, um sedimento ambulante, a solidão nossa e a dos outros, e dos outros a sua insensibilidade, não somos mais do que sonâmbulos espantalhos com alma de passados e relógios de que ser inútil, encruzilhando memórias, horas irregulares, empecilhos de partidas sem regresso, finalmente, espectros de nós próprios“.
Com a hipocrisia de farsantes desapiedados, sem nada deles querem saber, passaram a fazer dos velhos a notícias“.
A INDIFERENÇA É MORRER COM A SOLIDÃO AOS PÉS DA CAMA é um relato doloroso, sofrido, impiedoso, mas, também, terno, afável, resignado de um velho que morre na mais solitária das indiferenças na companhia de um tumor, o único que não o abandona até ao fim, quando os vizinhos que não suportam os maus cheiros, dele dão conta.
A solidão, o abandono, a indiferença, a hipocrisia,o egoísmo, o desinteresse, a penúria de sentimentos, a falsidade são as cores a preto com que o autor pinta o retrato deste velho, (de todos nós), que morre agarrado à esperança de que não lhe queimaram a memória, único patrimônio que lhe resta e quer levar consigo".

                                                            por  AFONSO VALENTE BATISTA

************************************************************************
"O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.

O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.

Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.

Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada".



                                                                                    por MARTHA MEDEIROS


                                                         DENTUÇO NELES!!!!!!


FONTE:*****PENSADORUOL.COM.BR 
                        por MARTHA MEDEIROS
             *****NAOPERCAS.COM

Comentários

Postagens mais visitadas