CHACAIS DO TELEATENDIMENTO OU ABUTRES DO CALL CENTER

 (A EXPLORAÇÃO DOS TRABALHADORES DO TELEATENDIMENTO)

São precárias as condições de trabalho dos funcionários das empresas de teleatendimento.
Uma das dificuldades da profissão de operador de telemarketing é que ela não tem legislação específica.

Exercendo na verdade as funções de atendente, digitador e telefonista.
Os trabalhadores de "call center",  prestam serviços um número cada vez maior de empresas.
São vítimas de condições degradantes de trabalho e clamam pelo apoio do Poder Legislativo.
Lutam para que seu ofício seja regulamentado e seus direitos assegurados.
A atividade de teleatendimento é a área da economia,que mais cresce e mais emprega no momento.
A maioria dos funcionários é composta de jovens, universitários e mulheres.
Que na busca pelo primeiro emprego e uma renda fixa, se submetem aos baixos salários.
E ao sistema de controle rigoroso do trabalho, onde o não cumprimento de metas significa a demissão.
São também comuns no setor as demissões em massa, de forma arbitrária.
Já que essas empresas funcionam numa política de rotação periódica de trabalhadores.
Para se livrarem de encargos trabalhistas maiores.
As reclamações mais freqüentes são de questões como assédio moral (humilhação no local de trabalho).
Ocorrem desrespeito às pausas obrigatórias na jornada de trabalho e rígido controle de tempo.
Além de cobrança excessiva por horas-extras e produtividade.
Em geral, um teleoperador trabalha 6 horas diárias. 
Dificilmente um trabalhador permanece tempo superior a um ano em seu emprego.
As empresas criaram um cadastro próprio ,que paira como uma espada sobre a cabeça do trabalhador.
Principalmente aqueles que apresentam qualquer reclamação trabalhista.
Ou aqueles se afastam do emprego por problemas de saúde.
Constata-se  que esta profissão, uma das mais crescentes no país,e  esconde sérios descompassos sociais.
Além de condições de trabalho marcadas por fortes pressões psicológicas.
O setor de telemarketing e call center apresenta características do taylorismo.
O modelo criado por Frederick Taylor e disseminado na indústria.
Consiste na racionalização do trabalho e minimização do excesso de rotinas. 
Apesar de novas tecnologias, a profissão tem formas de trabalho das antigas fábricas do século XIX.
Os teleoperadores vêm sobretudo das classes sociais menos favorecidas.
Pois, precisam do trabalho para sobreviver e sujeitam-se a fortes pressões.
Um empresário disse que não admite pessoas de classe média porque não aguentariam "o apertão".
A jornada intensa de seis horas também faz parte de uma estratégia patronal. 
Alegam que a jornada facilita ao jovem prosseguir nos estudos.
Para o empregador, é vantajoso revezar duas pessoas.
Ao invés de manter apenas uma, com carga de oito horas.
"OS MEIOS  JUSTIFICAM OS FINS".
  
**FONTE:   SELMA VENCO /MARGARIDA BARRETO
                         IDÉIAS COMPLEMENTARES : DENTUÇO (ACIDEZ PURA)

                     

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