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COMO OS BRASILEIROS SÃO TRATADOS NO EXTERIOR!!!!


PRESOS NO AEROPORTO O dentista Serruya 
(de boné branco) e seus amigos de Belém foram 
mergulhar no Caribe e acabaram deportados das Bahamas
A expressão very important person (VIP), em inglês, define alguém com muito prestígio, poder e importância. Em português, nem tanto. Para muitos brasileiros que viajam a trabalho ou de férias para a Europa e os Estados Unidos, VIP quer dizer “viajante inocente preso”. O novo termo foi cunhado por um grupo de turistas do Estado do Pará – dentre eles homens e mulheres da alta sociedade de Belém –, que amargou mais de 20 horas de maus-tratos, discriminação e prisão em Nassau, capital das Bahamas, no final de fevereiro. Sem ao menos suspeitar de que algo parecido pudesse acontecer em sua viagem dos sonhos ao Caribe, eles foram retidos no próprio aeroporto e engrossaram as crescentes estatísticas dos cidadãos brasileiros barrados no Exterior e deportados sem motivo aparente.
Os 12 viajantes paraenses desembarcaram na paradisíaca ilha tropical com reservas em hotéis de luxo, passagens de ida e volta, passeios pagos e dinheiro, muito dinheiro. Tudo estava pronto para desfrutar o que há de melhor no arquipélago: o mergulho com tubarões, um esporte caro e inesquecível. Mas os sonhos desses empresários, dentistas,designers e advogados foram abortados pelos oficiais da imigração. Sem nenhuma explicação, eles foram encaminhados para uma “sala VIP” e algemados. Daí em diante, foram horas de medo e terror. Apesar de todas as evidências de que eram turistas ricos e estabelecidos, foram tratados como típicos fora-da-lei. Literalmente, a pão e água. “Fomos levados para uma penitenciária como imigrantes ilegais ou bandidos”, disse o dentista Elias Serruya, 44 anos, um dos detidos. Vinte quatro horas depois, todos foram deportados para o Brasil.
A cada dia, mais e mais brasileiros passam por esse constrangimento no Exterior. Na sexta-feira 2, a União Européia barrou a entrada de 202 deles em cidades como Madri, Paris, Lisboa, Milão e Barcelona. São as vítimas da Operação Amazon 2, realizada pela Agência de Controle de Fronteiras Externas da União Européia (Frontex), que já mandou de volta mais de 500 turistas brasileiros desde o ano passado. Apesar da magnitude, a Operação Amazon 2 não inspirou nenhuma reação mais enérgica do Itamaraty.
Renato Velas
O publicitário Brito viajou pela Europa e teve 
o visto negado na Inglaterra
O publicitário carioca Daniel Brito, 27 anos, é um dos deportados. Em agosto de 2006, depois de fazer uma turnê por França, Portugal e Espanha, Brito desembarcou em Londres, na Inglaterra. Nem bem pôs os pés no aeroporto Heathrow, Daniel foi detido pela polícia de imigração. “Disseram que eu era um suspeito em potencial”, indigna-se. Brito levava consigo toda a documentação exigida aos viajantes pela União Européia: seguro saúde, dinheiro para se manter, cartão de crédito internacional, endereço de permanência e período de visita comprovados pelas passagens de ida e volta para o Brasil. Mesmo assim, foi interrogado por três vezes. Dez horas depois, foi mandado de volta para Barcelona, último local que tinha visitado. O motivo? “Disseram que meu salário não correspondia com a realidade de um brasileiro de minha idade”, conta.
A Inglaterra e os países da União Européia não exigem emissão prévia de visto de entrada para os turistas brasileiros, como fazem os Estados Unidos. O carimbo é dado na entrada. Ou seja: o risco de viajar 12 horas de avião e ouvir um não é alto. Desde 2001, depois dos atentados terroristas em Nova York, Washington, Madri e Londres, essa tarefa ficou cada vez mais difícil e desagradável. Qualquer sinal de nervosismo é interpretado como uma confissão implícita de culpa. Do quê? Não importa. Qualquer um pode ser barrado. “Eles escolhem ao acaso. Não há um critério”, opina a secretária executiva Carina Lima, 28 anos, de São Paulo.
RENATO VELASCO
DESRESPEITO E HUMILHAÇÃO A cardiologista Márcia 
tentou ir a um congresso médico nos Estados Unidos
Em dezembro passado, Carina foi para a Espanha passar 16 dias. Iria se hospedar com amigos em Madri e visitar parentes em Valencia. Já tinha passagem de volta comprada. Ao desembarcar no aeroporto Barajas, começou o pesadelo. “Foi a pior coisa que ocorreu na minha vida”, conta. Seu crime: é mulher jovem, solteira, viajava sozinha e com pouco dinheiro em espécie: 160 euros. De nada adiantou mostrar seu cartão de crédito internacional, com limite de mil euros, suficiente para a estadia. Sem nenhuma justificativa, foi enviada a uma sala desconfortável e obrigada a entregar todos os seus pertences, inclusive remédios. “Fiquei desesperada. O local parecia uma cadeia e ninguém me explicava o que estava acontecendo.” Várias pessoas amontoadas dividiam beliches imundos e apenas um único espaço para o banho. “Não tinha nem como filmar aquele lugar horrível, pois eles tiraram o meu celular”, conta. Ela passou a noite em claro, chorando. Depois de dois dias, foi deportada sem explicações. Escoltada até o avião por policiais, a moça acredita que foi considerada pelas autoridades espanholas uma garota de programa. “Jamais esquecerei os sorrisos irônicos e as piadinhas das quais fui vítima.” Carina alega que procurou o Itamaraty, mas não teve nenhum apoio.
O Itamaraty diz que presta assistência jurídica aos repatriados que procuram ajuda. Segundo o Ministério, são raras as repatriações que envolvem desrespeito às leis internacionais e aos direitos humanos. Quando isso ocorre, o caso é investigado. A grande maioria dos brasileiros repatriados, segundo uma autoridade do Itamaraty que pediu para não ter o nome publicado, viaja com a intenção de trabalhar ilegalmente. Na prática, o governo parece estar lavando as mãos para o problema. “Não podemos reverter uma ação soberana de um Estado”, diz a fonte. O máximo que o Itamaraty fez foi pedir informações sobre ao alcance e a duração da Operação Amazon 2. Vai continuar esperando? Os turistas brasileiros gastam por ano mais de US$ 5 bilhões no Exterior e merecem mais respeito. Como não existe uma corte internacional que julgue casos de viajantes comuns presos injustamente e deportados, não há, na prática, a quem recorrer.
RENATO VELASCO
A secretária executiva Carina Lima tentou fazer 
turismo na Espanha. Foi barrada no aeroporto
O Ministério da Justiça calcula que 15 mil turistas são repatriados a cada ano. Dez anos atrás, eram cinco mil. O País que mais deporta brasileiros é o México. Por ano, cerca de dez mil são capturados antes de tentar pular o muro que divide o país com os Estados Unidos. Mais de mil brasileiros são deportados deste país anualmente. Mas uma coisa é barrar imigrantes ilegais na fronteira. Outra, viajantes de turismo ou negócios no aeroporto. A médica mineira Márcia Barbosa, ex-presidente da Sociedade Mineira de Cardiologia e membro da American College of Cardiology, foi uma dessas vítimas.

                                                             DENTUÇO


."PIMENTA NO OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO"
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A U.S. Travel Association, entidade que faz lobby em nome de empresas de turismo, chama os brasileiros de “pacotes de estímulo ambulantes”, segundo a revista The Economist.
A instituição vem trabalhando para que o governo dos Estados Unidos facilite a concessão de vistos para brasileiros.
No começo do ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou mudanças que reduziriam em 40% o tempo necessário para turistas de países emergentes, como o Brasil, obterem visto.
Na ocasião, Obama foi claro sobre sua intenção: “Quanto mais visitantes recebermos, mais americanos terão empregos. É simples”. Depois disso, o número de vistos para brasileiros teve um forte aumento.
No ano passado, os brasileiros gastaram o valor recorde de US$ 21 bilhões no exterior.
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  • Raquel Moura
    Custo de aluguel para temporada. Uma casa numa estação de esqui no natal com 6 quartos me custou US 230 por dia..isso mesmo US 230 no ultimo natal Completa!!! Com hot tub ,7 TVs, salão de jogos completo etc !!!! procurei uma casa em Buzios para 2012 e tive o DESPLANTE de ouvir US 1772 POR DIA!!!!!! Isso mesmo, 19 dias sairia R$ 65.000,00. TÔ Fora!!!!!

  • José Olimpio Castro Neto ·  Quem mais comentou
    Raquel Moura , outro dia fuçando num site de imóveis descobri que um apto fuleiro de dois quartos com 60,00m2 no Leblon está custando R$ 1.200.000,00 ! Um ótimo apto em Miami custa R$ 460.000,00 ! Sei que essa valorização artificial não é culpa do governo, mas pergunte a algum dos iluminados defensores do Brasil varonil aonde ele compraria, se pudesse, um imóvel ?


FONTE: ISTO É INDEPENDENTE
               BLOGS ESTADÃO
               NOTICIAS.TERRA

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