A ARTE DE SER LOUCO !!!!!!
"ALGUÉM DEVE CONHECER CERTAMENTE A HISTÓRIA DO LOUCO QUE PROCLAMAVA
EM ALTO BOM SOM:"EU SOU NAPOLEÃO BONAPARTE!"UM COLEGA DE HOSPÍCIO
DUVIDOU:"COMO É QUE VOCÊ SABE?RESPOSTA FULMINANTE:"FOI DEUS QUEM ME
DISSE!"EIS QUE, DE UMA SALA AO LADO,VEIO A EXCLAMAÇÃO AINDA MAIS RUIDOSA:
"EU NÃO DISSE NADA DISSO!"
EM OUTRAS PALAVAS,HÁ SEMPRE ALGUÉM MAIS LOUCO DO QUE VOCÊ,MAS NEM
POR ISSO É FÁCIL ESCAPAR DO HOSPÍCIO."
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RODOVIA DA MORTE!!!!!!
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Existe um monólogo da razão sobre a loucura, já dizia Michel Foucault. A loucura tem sido, há muito tempo, silenciada pelo discurso racional: partimos do pressuposto de que o louco não tem o que acrescentar, pois sua experiência, muitas vezes, não faz parte da realidade compartilhada por nós, pessoas “normais”.
Porém, é importante ter em mente que, como qualquer fenômeno humano, a loucura é historicamente construída. De acordo com cada época, com cada contexto sociopolítico, a loucura é definida e compreendida. Entretanto, temos a tendência a pensar que falar em loucura é falar em psiquiatria. Uma análise da história da loucura nos mostra, entretanto, que a doença mental como expressão da loucura começou a existir apenas em um determinado momento histórico. A constituição da loucura não se dá a partir da psiquiatria, mas sim da divisão entre razão e não razão. Inclusive, é por causa da loucura que a própria psiquiatria pode existir.
É somente no século XIX que a loucura passa a ser objeto da psiquiatria. Até esse momento, os loucos eram literalmente acorrentados nos hospitais, vivendo em condições desumanas de saneamento e higiene. Médicos como Philippe Pinel foram responsáveis por desacorrentar os loucos, entendendo que o louco é um doente, sendo, portanto, objeto de estudo da medicina. Porém, é importante ressaltar que, apesar de a situação física em que viviam os loucos ter sido muitíssimo melhorada a partir do entendimento do louco como um ser humano com dignidade, começa-se a criar em torno do louco asilado um círculo invisível de julgamentos morais. O hospital passa a ser um espaço de observação, diagnóstico e terapêutica, mas não deixa de ser também um espaço social onde o doente sofre um processo de acusação, julgamento e condenação. O louco sente remorso por ser o que é, e assim não desacredita do discurso da medicina que, dentro da lógica da exaltação da razão, silencia a loucura como possibilidade de existência e apreensão do mundo – apesar de, em muitos casos, ser boa a intenção do médico que quer curar o louco. O louco, por ser considerado incapaz, delega ao médico o cuidado de si, ou seja, delega o saber sobre si mesmo a outra pessoa, um especialista que, supostamente, sabe mais sobre sua loucura do que ele próprio.
Não podemos esquecer o que Foucault fala sobre a loucura no livro “Doença mental e psicologia”: “A doença só tem realidade e valor de doença no interior de uma cultura que a reconhece como tal.” Desta forma, é imprescindível ter sempre em mente que da mesma forma que a loucura não existe sem a razão, nossa tão querida e cultuada razão também não existe sem a loucura; as duas coexistem, em relação. A loucura está dentro da razão, pois se caracteriza não pelos comportamentos do louco, mas pela quebra das regras do que é considerado “normal”. Assim, o erro na conceituação da loucura feita pelo discurso científico está em tomá-la como um fato em si quando, na realidade, ela é essencialmente relacional e varia de acordo com o contexto histórico
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DENTUÇO 2014
VOLTAMOS COM MAIS ACIDEZ!!!
SEM RODEIOS!!!!!!!
FONTE:**YOU TUBE -RODOVIA DA MORTE por
HECTOR ORTIZ
** O GLOBO por PAULO NOGUEIRA JUNIOR
** CAUSASPERDIDAS.LITERATURATORTURA.COM
** FRASESPARAFACE.COM.BR
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